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Revista Movimentos Sociais
sábado, 3 de dezembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
A Questão da Organização em Anton Pannekoek
Acaba de ser publicado o livro "A Questão da Organização em Anton Pannekoek", organizado por Lisandro Braga e Nildo Viana, e contando com textos de Edmilson Marques, Lucas Maia, Nildo Viana e Renato Souza. Para ter acesso ao sumário e dados do livro, clique aqui.
Trechos da Apresentação do livro:
"Pannekoek foi desenvolvendo suas teses com o passar do tempo, sendo que algumas ideias manteve até o final de sua vida e aprofundou algumas, enquanto que outras ele repensou e reconsiderou. Para analisar as ideias de Pannekoek é necessário ter em mente o seu percurso intelectual. O seu pensamento atravessou algumas fases. Vamos resumir rapidamente estas fases para compreender mais adequadamente o seu pensamento".
...
"Após isto, Pannekoek cada vez mais se coloca numa posição semelhante a de outros militantes e teóricos da época (Otto Rühle, Paul Mattick, Herman Gorter, etc.) e as experiências das revoluções proletárias serviram para que a ênfase nas formas de auto-organização proletária, os conselhos operários, se tornasse mais nítido. Neste contexto, a crítica a partidos e sindicatos se torna mais ampla, bem como a oposição às burocracias em geral e ao capitalismo de estado russo".
...
"A sua obra Os Conselhos Operários é uma síntese das experiências e reflexões de Pannekoek durante este período e é por isso que ele discute o processo de formação dos conselhos, seu papel, sua importância – além de análises breves de questões específicas, como a Revolução Russa – e discute não só a questão organizacional proletária como também a questão do pensamento e das ideologias (no sentido amplo do termo), além de analisar a guerra e o fascismo".
...
"A afirmação segundo a qual a questão da organização é fundamental para Pannekoek pode gerar a ideia de que ele poderia pensar os conselhos operários de forma fetichista. No entanto, não é este o caso. A questão das organizações recebeu tratamento diferenciado por Pannekoek, dependendo da época em que escrevia e do tipo de organização. Lembrando que o pensamento de Pannekoek atravessou algumas fases e que nestas algumas idéias permaneceram, algumas foram abandonadas e novas foram gestadas, é preciso compreender a concepção de organização em Pannekoek vinculado a este processo".
...
"Um questionamento pode ser feito ao terminar esta breve análise sobre a questão da organização em Pannekoek: como fica a questão das organizações dos revolucionários?"
...
"Nesse sentido, o livro inicia com o capítulo A questão da Organização Proletária escrito por Edmilson Marques no qual ele apresenta a concepção de Pannekoek sobre a mesma, acompanhado dos capítulos de Nildo Viana, Anton Pannekoek e a Questão Sindical, e de Renato Dias, Anton Pannekoek e os Partidos Políticos, nos quais eles discutem a posição de Pannekoek sobre os sindicatos e os partidos políticos. No último capítulo intitulado Os Conselhos Operários de Anton Pannekoek: Uma Utopia-Concreta da Revolução Proletária, Lucas Maia apresenta a revolução proletária como uma tendência histórica na sociedade capitalista".
Benoit, Lelita. Feminismo, Gênero e Revolução.
Artigo sobre movimento feminista, para acessar clique no título:
Benoit, Lelita. Feminismo, Gênero e Revolução.
Benoit, Lelita. Feminismo, Gênero e Revolução.
MARQUES, Diego. Regime de Acumulação Integral e a Luta dos Camponeses Indígenas do EZLN.
Artigo sobre Movimento Zapatista, clique no título para acessar:
MARQUES, Diego. Regime de Acumulação Integral e a Luta dos Camponeses Indígenas do EZLN.
MARQUES, Diego. Regime de Acumulação Integral e a Luta dos Camponeses Indígenas do EZLN.
MAIA, Lucas. Crise de acumulação e ideologia: a emergência da questão ambiental
Artigo sobre movimento ecológico (clique no título para acessar):
MAIA, Lucas. Crise de acumulação e ideologia: a emergência da questão ambiental.
MAIA, Lucas. Crise de acumulação e ideologia: a emergência da questão ambiental.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Debord: Espetáculo, Fetichismo e Abstratificação
Leitura complementar:
Debord: Espetáculo, Fetichismo e Abstratificação. Clique no título para acessar.
Debord: Espetáculo, Fetichismo e Abstratificação. Clique no título para acessar.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Maio de 1968, Rebelião Estudantil e Lutas Operárias
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Um Objetivo para os Movimentos Sociais - Alberto Melucci (Leitura Complementar)
Um Objetivo para os Movimentos Sociais - Alberto Melucci (Leitura Complementar):
Clique aqui.
Para ver outro artigo, inclusive com críticas a Melucci, sobre isto (Os Objetivos dos Movimentos Sociais - Nildo Viana), clique aqui.
Clique aqui.
Para ver outro artigo, inclusive com críticas a Melucci, sobre isto (Os Objetivos dos Movimentos Sociais - Nildo Viana), clique aqui.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Dez Teses Acerca dos Movimentos Sociais - Gunder Frank e M. Fuentes
O texto de André Gunder Frank e Marta Fuentes, Dez Teses Sobre os Movimentos Sociais, para dia 21 de setembro, está disponível, basta clicar no título.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Leitura Complementar: A Experiência da Autogestão dos Trabalhadores em Nova Ronda Alta
Clique no link abaixo para leitura complementar com objetivo de relacionar discussão sobre método e movimentos sociais:
Nelson Rego
Cronograma da Disciplina Movimentos Sociais
Para acessar o cronograma contendo textos, temas, bibliografia da disciplina Movimentos Sociais, clique no link abaixo:
Cronograma Disciplina Movimentos Sociais
Cronograma Disciplina Movimentos Sociais
sábado, 1 de janeiro de 2011
PROTESTOS ESTUDANTIS CONTRA O REUNI
PROTESTOS ESTUDANTIS
CONTRA O REUNI
JOSÉ RICARDO PRIETO
Há apenas três meses do encerramento da histórica ocupação
da USP, as universidades federais voltaram a ser palco de intensa atividade
estudantil. Desde setembro, reitorias e conselhos universitários em todo o país
estão ocupados por milhares de estudantes que resistem à aplicação das medidas
pró-imperialistas contidas no decreto do governo Luiz Inácio, o REUNI. A
resistência estudantil aponta o caminho de um movimento nacional, com a
preparação de uma Greve Geral contra a "reforma" Universitária.
O prazo para adesão das universidades ao REUNI expirou
durante o mês de outubro. O decreto do REUNI — Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais , sob a capa da expansão,
reedita os acordos MEC-USAID buscando transformar as universidades em escolões
técnicos medíocres, implantando o modelo ianque de universidades para países
dominados.
Nem toda a perfumaria dos milhões gastos com publicidade
oficial, pesquisas com artigos em jornais, artistas televisivos, além do
mensalinho pago aos infantes oportunistas da UNE foram capazes de iludir e
enganar o povo. O REUNI, pretendido ao mesmo tempo como golpe contra a
universidade pública e moeda eleitoral para o governo — pela produção em grande
escala de falsas estatísticas — ruiu como um castelo de cartas, avassalado por
um onda de protestos estudantis. A derrota do governo começou com a vitória do
movimento estudantil, pouco tempo atrás, na USP.
"Uma faísca...
Ainda em maio deste ano milhares de estudantes iniciavam a
maior ocupação de reitoria da história de nosso país. As correntes do
oportunismo já não foram capazes de contê-los. Ameaças de reintegração de
posse, polícia, governo, terrorismo psicológico, chantagens... nada os deteve.
Enquanto a imprensa marrom em sua histeria reacionária clamava pela invasão
policial, os estudantes respondiam: "se invadirem, resistiremos!". Lá
já não era possível identificar nenhuma das siglas velhas conhecidas da mesa de
negociações do governo. Ali os seus interlocutores oficiais já não falavam por
ninguém. A face daquela juventude por entre os pneus das barricadas já dava a
todos a impressão de vivermos o início de um novo momento histórico, era o
sinal dos tempos.
Muito além de um fato isolado — fruto de um decreto mal
escrito pelo governo de São Paulo como tentava fazer passar a imprensa marrom —
a ocupação da USP representou brilhantemente o espírito dos estudantes
brasileiros. Como um "raio que precede a tempestade" lançou um
espectro sobre todas as universidades do país, um fantasma anunciador de que
uma nova e mais violenta rebelião estudantil se espalhasse. Para os estudantes
foi o grande ensaio geral que, limpando terreno, revelou o caminho a seguir na
luta contra os decretos do governo. No dia 22 de junho após 51 dias, a ocupação
se encerraria vitoriosa em São Paulo para começar em todo país.
...pode incendiar toda a pradaria"
E assim se seguiu: em Rondônia, Goiás, Paraná, Rio de
Janeiro, São Paulo, Bahia, Ceará, Sergipe, Pernambuco e Santa Catarina, afora
as ocupações na fundação Santo André e da PUC-SP ocorridas recentemente, fruto
de mobilizações específicas. Quatorze reitorias de universidades federais
ocupadas por estudantes contra o REUNI em apenas um mês.
Este o ponto mais alto de uma luta gestada há mais de quatro
anos, desde a posse do governo dos oportunistas e o anúncio de suas pretensões
de realizar uma contrarreforma em nossas universidades públicas. Anos de idas e
vindas que forjaram em meio a explosões um vigoroso movimento democrático que
mesmo tendo que superar as limitações da ausência de organizações nacionais e
muitas vezes contra os DCEs, se espalha por todo país.
Decretos, manobras e...
A própria trajetória para aprovação nos conselhos
universitários foi revelando não só seu conteúdo antipovo, mas também
escancarando arcaicas estruturas das universidades.
Governando por medidas provisórias bem ao estilo dos milicos
de 64 — o REUNI foi instituído pelo gerenciamento Luiz Inácio via decreto
presidencial nº 6096, deixando a cargo de suas reitorias a tarefa de fazê-lo
passar nos conselhos universitários. Como mera extensão do MEC nas
universidades as reitorias são escolhidas pelo próprio presidente em lista
tríplice após eleições fajutas, onde o peso do voto da maioria (estudantes) é
praticamente simbólico.
Por todo país reitores governistas buscaram transformar os
conselhos universitários em réplicas menores do Congresso Nacional. Roubo, agressões,
prevaricação, golpes, manobras, compra de votos, reuniões a portas fechadas,
tudo auxiliado pela Polícia Federal, "menina dos olhos do governo",
encarregada de "dialogar" com os estudantes.
...mais repressão
Na Universidade Federal de Goiás a reunião do conselho foi
transferida para o prédio da Justiça Federal junto à sede da Polícia Federal e
cercada por forte aparato policial. Na Universidade Federal de Rondônia a
reitoria realizou a reunião nas instalações do SIVAM (Sistema Internacional de
Vigilância da Amazônia) sob escolta policial.
Na UNIRIO, após dez dias de ocupação da reitoria da
universidade — fato inédito em toda história da instituição — a mando da
reitora Malvina a, Polícia Federal invadiu o prédio sem maiores explicações,
ameaçando os estudantes. Coisa semelhante ocorreu na UFF, com a intervenção da
polícia contra o movimento estudantil.
Derrota do governo
As seções dos conselhos que aprovaram a adesão ao REUNI não
têm legitimidade, não tem lastro. Só valem para os burocratas reacionários. Por
mais esforço para garantir a adesão institucional ao projeto, por meio de todo
tipo de fraudes. Esta é uma batalha perdida pelo governo, pois sua derrota
política se concretizou no ato das mais de uma dezena de ocupações pelo país.
A burocracia que controla nossas universidades a serviço do
Estado de grande burgueses e latifundiários, escondida há anos sob o manto do
mérito tecnocrático, das fábulas do diálogo sem direitos, vai sendo
desmascarada.
O controle governista sobre as universidades vai se
desfazendo em grandes ondas de protesto estudantil. Os "oportunistas bebem
água e se afogam", diz o poeta revolucionário cearense Manoel Coelho
Raposo , e nesta maré vão afogando os fracos e as diversas siglas eleitoreiras.
A UNE governista e as reitorias compareceram aos conselhos
para garantir a ordem burocrática, fazer a segurança de reitores, como ocorreu
na votação do conselho universitário da UFRJ. Outros oportunistas, da dita
oposição, com choramingas buscam esfriar a luta. Nutrindo seus projetinhos
eleitoreiros, ruminam a nostalgia dos tempos do oposicionismo pelego da UNE.
Vitória dos estudantes
Cada vez mais depurado o movimento, muitos estudantes que
antes assistiam descrentes às mobilizações entram novamente em cena, rechaçam
pelegos e assumem as linhas de frente das mobilizações. Organizações estudantis
mais consequentes já apontam para construção de uma greve geral para derrotar o
governo, desenhando com forças magnificamente novas um momento histórico para o
movimento estudantil brasileiro.
A importância nacional dos fatos não pode ser medida por
falsas estatísticas do governo. Consiste precisamente no fato de que o
entusiasmo e a renovação vão varrendo as inúteis fórmulas de gabinete do velho
movimento estudantil brasileiro, que ao longo de anos ocultaram e desviaram a
percepção não apenas dos problemas, mas do conjunto de problemas que afeta a
vida do povo. Graças a esta luta, um novo espírito se agitou.
Em diversas universidades a pauta de reivindicações já vai
muito além da luta contra o decreto. Somam-se a estas reivindicações lutas
democráticas pela participação nos conselhos universitários, a realização de um
congresso universitário, voto universal, fim da lista tríplice etc. Na luta
contra o REUNI, vai se revelando o caráter antidemocrático das universidades,
de suas reitorias e de seus conselhos universitários. Novas mobilizações
descobrem e voltam a agitar históricas bandeiras. Esta é a importância do
sentido histórico dos acontecimentos recentes.
Barricadas estudantis
Ceará
Cerca de 400 estudantes da Universidade Federal do Ceará —
UFC ocuparam a Reitoria contra a adesão ao REUNI em 25 de outubro. Os
estudantes que tentaram participar do conselho foram agredidos violentamente
pela segurança da universidade com cassetetes, puxões de cabelo, chutes e
socos. Ao ouvir os protestos do grupo, o Reitor rapidamente encaminhou a
votação do projeto, que sequer havia sido lido em sua totalidade pelos
conselheiros estudantis. Repudiando a postura violenta do reitor, a falta de democracia
no CONSUNI, a inexistência de paridade nas decisões políticas da Universidade e
reivindicando a revogação da aprovação arbitrária e ilegal do REUNI é que cerca
de 300 estudantes mantêm ocupada a reitoria da universidade.
Sergipe Estudantes da Universidade Federal do Sergipe — UFS
ocuparam a sala dos conselhos por tempo indeterminado. Após o Reitor querer dar
um golpe, passando a lista aos conselheiros favoráveis ao REUNI, estudantes
tentaram impedir a manobra e uma estudante de enfermagem foi agredida por um
assessor do Reitor. A reunião, que já contava com grande número de seguranças,
foi interditada pelos alunos, que permanecem no prédio em protesto.
Rio de Janeiro
UFRJ: No dia 14 de junho, duzentos e cinquenta estudantes
tomaram o prédio da reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro em
protesto contra o Reuni.
Em 18 de outubro, o Conselho Universitário da UFRJ foi
ocupado por centenas de estudantes e professores contrários ao REUNI. A
reitoria tentou conduzir a votação de forma autoritária e contou com o auxílio
de "bate-paus" da universidade e governistas estudantis,
representados pela atual presidente da UNE, Lucia Stumpf, que defendeu a
aplicação do REUNI não só na UFRJ mas em todas Universidades do País.
Após o inicio da ocupação ocorreram eleições de DCE da
universidade e a chapa governista da UNE foi fragorosamente derrotada.
Estudantes mantêm a ocupação e defendem a convocação de um congresso da UFRJ
para discutir o REUNI.
UFF: Universidade Federal Fluminense: No dia 26 de setembro,
cerca de 300 estudantes, saíram em manifestação e se dirigiram, ao prédio da
Reitoria, onde ocuparam o Conselho Universitário, garantindo o adiamento da
reunião para 17 de outubro. No dia 16 de outubro, cerca de 200 estudantes
ocuparam o prédio da reitoria exigindo o cancelamento da reunião do conselho
universitário que votaria o REUNI e foram vitoriosos. No dia 23 quando
ocorreria nova reunião do conselho, a reitoria tentou novo golpe. O Reitor
Roberto Salles, diante da grande presença de estudantes no conselho,
simplesmente anunciou o cancelamento da reunião do CONSUNI e se retirou da sala
onde aconteceria a reunião.
Diante de mais esta tentativa de golpe, os estudantes
ocuparam novamente o conselho. Na noite seguinte a Polícia Federal invadiu a
reitoria. Os policiais entregaram o mandato de reintegração de posse e fizeram
ameaças das consequências de uma possível resistência. Os manifestantes
decidiram sair da reitoria para preparar nova ocupação, em nova seção do
conselho. Na UFF um grande número de institutos votou contra o REUNI, sendo que
o colegiado do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia — ICHF votou contra
por unanimidade. O projeto pode ser rejeitado na própria votação do conselho.
Outra grande vitória do movimento estudantil da UFF foi a suspensão
da abertura de novos cursos pagos na Universidade. Os estudantes também
garantiram, através de muita luta, que os funcionários administrativos da
universidade tenham vagas no Conselho Universitário, que antes era composto
apenas por professores (majoritariamente) e estudantes. Assembleias lotadas,
manifestações e muita mobilização têm marcado a luta contra o Reuni na UFF.
UFRRJ: Os estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro, após ocupação da reitoria que contou com a participação de cerca de
250 estudantes, barraram a aplicação do REUNI na universidade até o segundo
semestre de 2008 após garantir que não fosse enviada a adesão no prazo
determinado pelo MEC. Os estudantes prometem barrar também o prazo para adesão
ao REUNI no segundo semestre, dia 17 de dezembro impedindo que a UFRRJ seja
atingida pelo REUNI.
UNIRIO: Na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro,
estudantes de pedagogia que se mantinham mobilizados desde a luta contra as
DCNs do MEC, juntamente com diversos estudantes de outros cursos ocuparam a
sede da reitoria após conturbada seção do Conselho universitário do dia 25 de
outubro.
A reitora Malvina Tania Tuttman, mesmo diante dos apelos dos
estudantes e professores, convocou reunião do conselho universitário às pressas
para votar a adesão ao projeto. Inédita na universidade, a ocupação incorporou,
além da luta contra o REUNI, diversas reivindicações democráticas, como o fim
da lista tríplice e o terço no conselho universitário. No dia 06 de novembro, a
mando da reitora, a Polícia Federal invadiu o prédio, ameaçando estudantes.
Após assembleia, os alunos decidiram desocupar o prédio e preparar o troco,
junto à ampla campanha de denúncia a atitude da reitora Malvina, que causou
grande indignação.
Santa Catarina Ocupando a reitoria desde o dia 03 de
setembro e diante da tentativa de golpe do vice-reitor na votação, os
estudantes mostraram suas forças. Após a tentativa de golpe, com a
transferência do conselho para um prédio da Universidade Federal de Santa
Catarina — UFSC, distante do campus universitário, o Conselho Universitário foi
cancelado. Isso significa que a UFSC não aderirá ao REUNI no primeiro semestre
de 2008. Os estudastes afirmam que a luta não acabou, pois também irão barrar a
adesão ao projeto no segundo semestre de 2008. Como bem afirmaram no blog da
ocupação: "Cada dia uma batalha, independente do resultado,
vitoriosa."
Pernambuco Desde o dia 26, os estudantes da Universidade
Federal de Pernambuco — UFPE ocuparam a Reitoria para reivindicar a revogação
da decisão do Conselho Universitário que "aprovou" de maneira
arbitrária a adesão ao Reuni, sem que a comunidade acadêmica tivesse acesso às discussões.
No dia 31 estudantes fecharam o prédio, impedindo a entrada
de funcionários para forçar o diálogo com o Reitor Amaro Lins.
Paraná Estudantes da Universidade Federal do Paraná realizaram
no dia 10 de outubro marcha com 300 estudantes, até a sede da reitoria em
protesto contra o REUNI. Após sucessivos adiamentos das reuniões do conselho,
no dia 17 de outubro, estudantes decidiram ocupar a sala do conselho, até que o
Reitor retornasse de Brasília. No dia 22 de outubro, estudantes receberam de
dois oficiais de justiça um mandato de reintegração de posse, solicitado pelo
reitor Moreira, remetendo a utilização de força policial para a retirada dos
estudantes da reitoria. Outro processo recebido pelos estudantes busca
responsabilizar individualmente seis pessoas, com multa diária de R$100 por dia
para cada um. A reitoria da universidade segue ocupada.
Importante lembrar que o reitor da UFPR Dr. Carlos Augusto
Moreira Júnior, foi conduzido à cadeira depois de conturbado processo eleitoral
sob acusações de fraude, que ocasionou um grande protesto estudantil com a
ocupação do prédio da reitoria por diversos dias, movimento reprimido
violentamente.
Goiás No dia 28 de setembro, aproximadamente 700 estudantes
da Universidade Federal de Goiás — UFG ocuparam o auditório onde era realizado
o conselho universitário e impediram a votação da adesão ao REUNI. A sessão foi
transformada numa verdadeira assembleia para debater o projeto. Mais uma vez,
no dia 4 de outubro, o Consuni da UFG deveria votar a adesão ao Reuni.
Novamente, centenas de estudantes ocuparam a sessão. Os conselheiros — quase
todos a favor do projeto — saíram rapidamente do auditório e não ousaram
enfrentar os estudantes. Em protesto à atitude antidemocrática do Consuni, os
estudantes ocuparam por algumas horas o prédio da reitoria.
Desde a primeira ocupação do Consuni, manifestações
semanais, abaixo-assinados e debates têm sido realizados pelo movimento
estudantil na UFG. Diante da forte mobilização estudantil a reitoria transferiu
a reunião do conselho para a sede da Justiça Federal, cercada de tropas
especiais da polícia para impedir aproximação de estudantes. Após a reunião do
conselho mais de 150 estudantes participaram da manifestação, que saiu da sede
da Justiça Federal e percorreu a Av. Universitária, até o Centro de Seleção. Os
estudantes fizeram uma Assembleia e decidiram ocupar o prédio. O reitor que se
recusou a dialogar, estava preparando o mandado de reintegração de posse, que
foi comunicada ao anoitecer. Os estudantes afirmaram que só sairiam após
conversar com o reitor. À 1h da manhã, o reitor apareceu e prometeu realizar
uma Assembleia para discutir o Reuni. Com isso, estudantes saíram da ocupação e
agora preparam novas mobilizações.
Bahia No dia primeiro de outubro, os estudantes da
Universidade Federal da Bahia — UFBA em um combativo ato ocuparam a reitoria da
universidade. O movimento começou com o protesto dos estudantes que moram nas
residências mantidas pela universidade. Um vazamento de gás no restaurante
universitário levou os estudantes a ocuparem a reitoria para exigir a imediata
reforma do prédio. O justo apelo dos residentes encontrou eco. Vieram outros
estudantes e novas reivindicações. A principal delas é a rejeição ao Reuni,
que, para os estudantes, significa o fim das políticas estudantis e das bolsas
de pesquisa e extensão, por exemplo.
Além de lutar contra o Reuni, os estudantes têm que
enfrentar a própria entidade que deveria representá-los. O Diretório Central
dos Estudantes (DCE) da UFBA é contra a ocupação da reitoria.
São Paulo UNIFESP: No dia 17 de outubro, cerca de 20
estudantes, representando o campus de Guarulhos, que reivindicavam participação
no CONSUNI, que iria decidir a adesão da Universidade Federal de São Paulo ao
REUNI, foram brutalmente agredidos pelos seguranças particulares da
universidade.
Diante da truculência da reitoria, no mesmo dia estudantes
deliberaram unanimemente, em assembleia geral, pela greve no campus de
Guarulhos. Posteriormente, foi deliberada a ocupação setor administrativo do
campus.
Na madrugada de quarta-feira (24), cerca de 400 policiais,
incluindo a Tropa de Choque, despejou cerca de 50 estudantes que ocupavam o
campus de Guarulhos. Após desocupar o prédio, a polícia ainda invadiu a sede do
diretório acadêmico para "averiguação e liberação". Em nota,
estudantes afirmam que voltarão.
UFSCar: Durante o CONSUNI de 25/10 os estudantes da
Universidade Federal de São Carlos fizeram manifestação em tentativa de impedir
que o REUNI fosse aprovado. A manifestação, pacífica, colocava a posição dos
estudantes contrários a adesão ao REUNI. O reitor, Oswaldo Duarte Batista
Filho, em gesto abusivo e autoritário, aprovou do mesmo modo as medidas sobre
as quais posiciona-se a favor e declarou a adesão da UFSCar ao REUNI.
Estudantes permanecem ocupando a Reitoria, denunciam a eminência de uma ação
policial de reintegração de posse, já solicitada pela reitoria a exemplo do
ocorrido na UNIFESP.
Espírito Santo No dia 25 de outubro, o Conselho
Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo — UFES se reuniu e
tentou aprovar adesão ao REUNI, embora tal votação não estivesse na pauta do
Conselho. A reitoria incluiu o ponto de última hora e tentou aprová-lo a portas
fechadas, ignorando a posição da comunidade universitária, contrária ao
projeto. Estudantes que protestavam em frente ao prédio da reitoria foram
reprimidos com violência pela segurança patrimonial da Ufes.
Além das constantes ameaças aos estudantes por parte da
segurança da Ufes, em 7 de novembro, policiais federais armados com fuzis
passaram a intimar e ameaçar 15 estudantes que participaram das manifestações
de 25 de outubro. A mãe de uma estudante passou mal vendo o policial federal
armado intimando sua filha.
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